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quarta-feira, 11 de abril de 2012

MILITARISMO E LULO-PETISMO - O CAMINHO DA PENUMBRA À ESCURIDÃO

Meu caro amigo (chico buarque e Francis Hime)


No dia 31 de Março passado escrevi e publiquei aqui um comentário que falava das semelhanças entre os governos lulo-petistas e os militares, dando conta, com tristeza, que a minha geração, pelo menos a parte decente dela, lutou uma luta, que hoje se mostra inglória.
Combatemos os Militares e entregamos o país para mãos muito piores.

Pois bem, o texto provocou reações diversas que variaram da aprovação, até xingamentos, mas, apos vê-lo republicado no blog do Ucho Hadad, ( http://ucho.info/reflexoes-sobre-31-de-marco-%E2%80%93-o-que-sonhei-e-o-que-e ) tive certeza de que agira acertadamente.
Hoje, emocionei-me com um texto postado aqui no FB de autoria de Felipe Gontijo, intitulado “Belos olhos azuis”, onde o autor compara os olhos azuis do Chico Buarque e os de Emílio Garrastazu Médice, e o que cada um efetivamente fez pelo Brasil … um texto SOBERBO, que eu aconselho a leitura e, se possível(http://www.facebook.com/filipe.gontijo?sk=wall ) a conservação.

Coincidentemente, domingo, dia 8 de Abril, postei duas músicas do “falecido” chico buarque, “Meu caro Amigo” e “Sanatório Geral” e me surpreendi com as semelhanças das letras escritas na década de 70 e o momento por que passa o Brasil, e ao ler o texto acima citado resolvi escrever este comentário.

Em “Meu caro amigo”, dentre outras semelhantes com o atual momento, ele fala “ meu caro amigo eu pensei em lhe escrever / mas o correio andou arisco” em uma referência a censura impiedosa praticada na época; hoje, a patrulha ideológica lulo-petista nos censura, não só o que escrevemos, mas o que falamos ao telefone, o que lemos e ouvimos nos noticiários das mais variadas e torpes formas.

Mas, foi em “Sanatório Geral' que encontrei as mais amargas semelhanças das quais destaco um verso: “dormia / a nossa pátria mãe tão distraída / sem perceber que era subtraída / em tenebrosas transações” …

As semelhanças são enormes, mas mudaram os personagens … os militares tão combatidos pelo poeta, na sua maioria, morreram pobres; consta que o Gen. Médice não dispunha de dinheiro para o próprio enterro, enquanto que, o “democrata” que ele ajudou a eleger ostenta uma fortuna incompatível, (para dizer o mínimo) com os padrões de quem muito pouco trabalhou em toda a sua vida.
A violência, dantes praticada por uns poucos e identificados militares é hoje praticada por exércitos sem rosto, sem farda e sem lei, como são todos os que integram esses “movimentos sociais” como MST, VIA CAMPESINA, SEM TETO e outras excrecências.

A censura que o poeta lamenta em suas letras deu lugar a outra muito mais insidiosa e cruel, e esta fez com que, chicos e Francis Hime daquela época cedessem lugar a michels telós, luans santanas e funkeiros, os grandes teatrólogos foram substituídos pelas telenovelas, e o que é pior, entorpeceu o entendimento da sociedade a ponto de os tornar incompreensíveis à maioria do povo.
A imprensa corajosa de outrora é hoje um retrato esmaecido do que ela já foi. O próprio Estadão, que durante o regime militar, publicava receitas de culinária nos “buracos” deixados pela censura, em atitude de desafio, hoje, descaradamente apoia o lulo-petismo.

É difícil e amargo reconhecer, mas, ao nos livrarmos dos Militares saímos da penumbra rumo à ESCURIDÃO.